Alguma coisa, coisa nenhuma
2024
poeria da montagem da exposição
Alguma coisa, coisa nenhuma é um trabalho feito a partir da poeira da montagem, coletada ao longo da fatura das outras instalações de Sonâmbula. É uma obra que se faz a partir dos restos que o trabalho enquanto ação no próprio lugar produz, e que ganha forma numa espiral.
Retirado no ensaio “Toda saída é uma entrada (um elogio do sono)”, de Anne Carson, o título ressalta um aspecto do trabalho importante para a exposição como um todo, isto é: a investigação de quais são as operações, ou decisões, que fazem de um trabalho aquilo que ele é. Algo que existe, embora pudesse não existir, e algo que é a arte e não outra coisa. Conduzido por um desenho de espiral, se faz no limite mesmo entre nada e obra, entre chão e poeira.